sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Apogeu e Declínio da Republica das letras no Rio de Janeiro.

Para discutir esse assunto a autora baseia-se em obras escritas por vários autores que discutem o mesmo tema. Nos anos 20 vai ser feito um balanço sobre o passado o presente e as perspectivas para o futuro do país, começa a mudar o pensamento de muitos intelectuais da época que vêem o Brasil como um país que não tem uma identidade nacional o que levava a um atraso brasileiro.
            A primeira e talvez a maior das conclusões que a literatura produzida sobre a Primeira República nos permite chegar é a do papel de vanguarda política que os intelectuais se auto-atribuíam, e a aceitação geral na sociedade brasileira de que a eles cabia a "missão" de iluminar as elites que construiriam o povo-nação. Esta literatura é muito vasta e diversificada, e a principal razão para tal fato é a densidade dos debates ocorridos neste período. Os mais variados temas e as mais variadas posições estão presentes no campo intelectual. Tratava-se de enfrentar problemas concretos como os de saúde, educação, agricultura, imigração, organização do trabalho, serviço militar, arte etc.
            Vão ser publicados vários livros, nos quais os ensaios apontam a gravidade da situação do país e propõem uma reação dentro da ordem. Era preciso reformular a sociedade, respeitando as tradições. Como? A sociedade era vista como um organismo, no qual era fundamental o papel do cérebro. Esse lugar era ocupado pela elite cultural e política, e a ela caberia a tarefa de apressar o processo de evolução natural que rege as sociedades. Era a idéia de "civilizar por cima".
            Ronald de Carvalho discute a questão de o Brasil manter os olhos fixos na Europa, ou seja, esse habito de imitação deveria ser vencido. Outro autor Tristão de Ataíde           que era um critico da época procura combater a importação da poesia da Europa que era considerada por ele como deteriorada, uma imitação de modas decadentes que se fazem passar por modernas e por outro defende essa imitação entendida como a busca de inspiração, um apelo para reagir contra a decadência.
            Graça aranha um pensador de renome que viveu na Europa e no Brasil, conviveu com a intelectualidade européia, era sócio fundador da academia brasileira de letras, fez o discurso inaugural da Semana da Arte Moderna, para ele a Semana da Arte Moderna representava uma mudança de pensamento combatendo o passadismo, era uma forma de começar a entrar para a modernidade. Ele dizia que ao invés de imitar devia-se criar.      
            Para conseguir superar o atraso ao qual o Brasil se encontrava era necessário seu ingresso na modernidade, num primeiro momento a incorporação do país a ordem urbana e industrial, ao mundo da racionalidade. A mentalidade da época era que se não fosse moderno não seria civilizado.
            Até então o Rio de Janeiro era a capital cultural da Republica, a metrópole paulista que era mais desenvolvida, e teve um crescimento maior, São Paulo se torna uma metrópole e é até comparada a grandes centros europeus. O Rio de Janeiro era controlado pela ganância dos comerciantes portugueses e voltado para fins puramente materiais. Tem outra corrente, portanto que pensa o contrario, o Rio de Janeiro recebe uma avaliação tanto negativa quanto positiva.
            Com isso concluo que os intelectuais da época queriam modernizar o país que era considerado com ultrapassado, que não tinha uma identidade própria, imitava em muito a Europa, quem não se modernizasse não era considerado civilizado, a imagem que a Europa tinha de nós era de bárbaros esses intelectuais queriam mudar essa realidade. A República de Letras do Rio de Janeiro teve seu declínio quando a cidade deixa de ser considerado capital nacional, porque São Paulo estava mais adequado a modernização.

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